Moradores da Zona Norte do Recife contribuem com o Projeto Travessias através de oficinas
O projeto de duas passarelas de mobilidade ativa visa conectar os bairros da Torre, Graças e Santana
O concurso nacional Travessias Capibaribe elegeu como vencedor o projeto Recife Anfíbio, que projetou duas passarelas voltadas para a mobilidade ativa com conceito inspirado na biofilia, que propõe a conexão humana com a natureza proporcionando melhorias na qualidade e estilo de vida.
Vencida a etapa do concurso, a JW Urbana Arquitetura e Urbanismo avança para a consolidação do Projeto Executivo. A etapa atual contempla estudos, diagnósticos e comunicação. Neste sentido, foi desenvolvida uma metodologia para a realização das oficinas, que aconteceram nos dias 21 e 26 de janeiro em áreas próximas ao Rio Capibaribe, estimulando desde já a amplitude da visibilidade e do contato com a natureza recifense.
Para Guilherme Mendes, as passarelas farão grande diferença em sua rotina. Residente do bairro da Torre, Guilherme conta que frequenta tanto o Museu do Estado, nas Graças, quanto o Parque Santana, localizado no bairro de mesmo nome, destinos para os quais já realiza caminhadas.
“É necessário enxergar a cidade do ponto de vista do pedestre, ficará mais rápido realizar os trajetos que já fazem parte do meu dia a dia e de muitos dos bairros adjacentes. É gratificante contribuir com um projeto que vai impactar no meu dia a dia e na rotina do meu bairro. Um dos pontos que nos causa preocupação é a manutenção dos mobiliários e principalmente a segurança”, comenta o morador.
A Rioteca da Vila Santa Luzia e a Praça do Circuito da Poesia – Celina de Holanda Cavalcanti, na Beira Rio, foram os pontos de encontros de aproximadamente 50 pessoas que vivem e circulam entre os bairros Torre, Graças e Santana, ao todo foram 300 participações somando as contribuições virtuais. As contribuições foram focadas nas chegadas (cabeceiras) de cada passarela, reunindo elementos e serviços necessários para otimizar a mobilidade nas passarelas e o estar nas áreas de contemplação.
Segundo a arquiteta e urbanista da ARIES, Raissa Monteiro, investir na etapa de participação é essencial para o futuro dos espaços públicos.
“Os dados coletados durantes as oficinas e no questionário irão nortear o detalhamento dos espaços públicos na entrada das passarelas (cabeceiras). A equipe responsável pelo Projeto Executivo irá trabalhar para incorporar as contribuições, adaptando o projeto das cabeceiras às recomendações e desejos apontados pela população, deixando também registrado nos relatórios uma lista de recomendações ao poder público. O grande objetivo é tornar o espaço acolhedor, seguro e ativo de forma sustentável”, explica Raissa Monteiro.
TRAVESSIAS CAPIBARIBE – O Fundo Global para o Meio Ambiente, da Organização das Nações Unidas, é o financiador do Projeto CITinova e, consequentemente, o financiador de seus projetos-pilotos, entre eles: o Travessias Capibaribe. Critérios como coerência, integração com o entorno, impacto ambiental, soluções inovadoras, análise do contexto urbano, criação de ambientes relacionados ao Rio Capibaribe e alinhamento com o Plano Recife 500 Anos e Projeto Parque Capibaribe, guiaram os três dias do julgamento que elegeu vencedor o projeto Recife Anfíbio, da JW Urbana Arquitetura e Urbanismo Ltda. O projeto Recife Anfíbio utiliza o mangue como elemento norteador e contempla o Plano Recife 500 Anos, as premissas do Projeto CITinova e do Projeto Parque Capibaribe. Clique AQUI e saiba mais.
Por Giselle Cahú, equipe de comunicação ARIES/CITinova.
