Plano de Adaptação Setorial do Recife inicia nova fase nesta quarta-feira (19)

20/01/2022

Plano de Adaptação Setorial do Recife (PASR) mobiliza setores prioritários em seu desenvolvimento.

Construir e planejar o futuro do Recife requer a soma de esforços, conhecimentos e pontos de vista que contemplam a diversidade de demandas existentes na capital pernambucana. Sob a ótica da participação ativa de atores-chave, grupos e instituições, o Plano de Adaptação Setorial do Recife (PASR) iniciou nesta quarta-feira (19) a etapa de reuniões em Grupos de Trabalho (GTs) para engajar e discutir temas relevantes, problemas, soluções e novas ações dentro da realidade da cidade.

O PASR faz parte de um conjunto de entregas relacionadas ao desenvolvimento sustentável da capital pernambucana e é uma iniciativa do Projeto CITinova. Desenvolvido pela Agência Recife para Inovação e Estratégia (ARIES) em parceria com o Porto Digital, Prefeitura da Cidade do Recife, ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade e WayCarbon, o PASR encontra-se na etapa de construção do Relatório de Avaliação dos Riscos Setoriais, que receberá suporte dos GTs.

Para Marina Lopes, gerente de projetos do ICLEI, o desenvolvimento de um plano de adaptação focado nos setores prioritários é de extrema importância para o Brasil.

Escolhidos por serem considerados estratégicos e centrais para o desenvolvimento urbano do Recife, o Plano de Adaptação Setorial abrange quatro setores-chave: Economia, Saneamento, Mobilidade e Transformação Urbana. “Se a gente não fizer uma adaptação nesses setores tudo acaba ruindo. O objetivo foi dar uma atenção especial para eles e, a partir disso, estruturar a adaptação e resiliência no resto da cidade”, argumenta a gerente de projetos.

Conforme Leta Vieira, Coordenadora do ICLEI, os Grupos de Trabalho seguem a mesma metodologia do Plano de Ordenamento Territorial do Recife. Dessa forma, as representatividades atuarão em cada GT considerando os percentuais para Órgãos Públicos (37,5%), Sociedade Civil (25%), Academia, técnicos e profissionais (25%) e o Empresariado (12,5%).

Com mais de 40 pessoas presentes, o setor de Economia foi tema do primeiro GT. A previsão é que a primeira etapa de reuniões dos Grupos de Trabalho seja concluída até o fim de janeiro, após os encontros com todos os setores.

Eventos climáticos extremos

O histórico de eventos climáticos extremos, cheias, deslizamentos de barreiras e casos de arboviroses, por exemplo, classificam o Recife como a 16ª cidade do planeta mais vulnerável às mudanças climáticas segundo o Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, 2021).

O Plano de Adaptação Setorial visa incentivar ações que influenciam na mudança desse cenário. Como comenta a analista de projetos da ARIES, Daiane Vieira, “o PASR é uma tentativa de políticas públicas que visa o desenvolvimento sustentável do Recife, na medida em que analisa e antecipa projeções, dados e riscos para a cidade voltados às mudanças climáticas, incluindo singularidades, vulnerabilidades da região e o percurso desenvolvido até então sobre o tema pelo município”.

Por Giselle Cahú, da equipe de comunicação ARIES/CITinova.