ARIES recebe Missão PNUMA MCTI 2022
Visita que ocorreu nos dias 22 e 23 de fevereiro contou com agenda de reuniões e workshop com parceiros ARIES – CITinova
A Missão Institucional do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) ocorre regularmente com o intuito de acompanhar a evolução e execução dos projetos-pilotos co-executados pelos parceiros do Projeto CITinova, iniciativa financiada pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), cujo foco é viabilizar financeiramente projetos de enfrentamento aos principais desafios ambientais.
A Agência Recife para Inovação e Estratégia (ARIES), co-executora CITinova na capital pernambucana juntamente com o Porto Digital, é a articuladora da agenda cujo objetivo também é reforçar as relações com demais instituições e organizações vinculadas aos projetos-pilotos em execução. Instituições como a Prefeitura da Cidade do Recife, representada pelas secretarias envolvidas no CITinova; o Instituto da Cidade Pelópidas Silveira e Porto Digital, marcaram presença no primeiro dia de reuniões.
“São sempre ricos os momentos de discussão sobre os avanços das entrega do CITinova Recife junto à Prefeitura. Esses momentos propiciam trocas de impressões e alinhamentos com os secretários e técnicos que colaboram e acompanham nossas atividades. Trouxemos atualizações sobre os Jardins Filtrantes e a Urbanização, e aprofundamos as discussões sobre o Travessias e o IMS, com saídas importantes para o avanço do CITinova. Estamos no último ano de execução do projeto e essa afinidade com a prefeitura é muito positiva para o andamento das atividades”, destaca Mariana Pontes, diretora de projetos da ARIES.
Workshop EVTEA
No segundo dia de encontro, a ARIES promoveu um Workshop sobre o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental para Arranjos de Habitação de Interesse Social (HIS) e de Mercado Popular (HMP) na cidade do Recife, também chamado apenas “EVTEA”. O workshop ocorreu em modelo híbrido com a presença e participação da Secretaria de Habitação da Prefeitura do Recife, Instituto das Cidades Pelópidas Silveira, Programa Cidades Sustentáveis (PCS), Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) e Secretaria do Meio Ambiente do Distrito Federal (GDF).
Márcia Grosbaum e Ligia Rocha Rodrigues, sócias-diretoras da JWUrbana, guiaram a apresentação sobre o produto. Conforme explanação realizada, podemos compreender o EVTEA como uma inflexão na política habitacional nacional, ou seja, uma mudança de direção, uma vez que é um ponto de inovação com metodologias adaptáveis.
“Não estamos lidando com habitação como quatro paredes e um telhado, mas, sim, com a ideia de que a moradia só é digna e capaz de alterar a estruturas sociais se elas está bem localizada, se ela oferece acesso às oportunidades, se ela tem acesso a infraestrutura, equipamentos, bens, serviços”, explica a sócia-diretora da JWUrbana.
Além disso, o EVTEA está sendo desenvolvido como um conjunto de ferramentas que geram modelagens diferentes de acordo com cada componente do trabalho favorecendo a adaptação e aplicabilidade da metodologia visando contribuir com futuros momentos e diferentes situações.
“Temos a consciência de que mulheres e homens frequentam, usufruem e usam a cidade de formas diferentes. Essas diferenças que acometem os homens e as mulheres na circulação do espaço urbano também acontecem com questões de renda, raciais. Especialmente quando esse conjunto de características que determinam uma certa exclusão social se sobrepõe, se interseccionam, encontramos grupos vulneráveis que precisam de mais atenção. É sobre esses grupos que a gente está falando nesse trabalho”, elucida Ligia Rocha.
O workshop objetivou uma troca de experiências e aprendizados referentes ao projeto-piloto, que, mesmo ainda em desenvolvimento, já está influenciando políticas públicas e novas reflexões sobre a realidade e as soluções para o Recife, como afirma Secretaria de Habitação, Maria Eduarda Medicis.
“Nos juntamos (ICPS e SEHAB) no projeto e participamos de todas as reuniões de discussão do tema. Foi muito importante para a gente misturar o estudo do EVTEA com as outras políticas que estamos fazendo na Secretaria. Essa troca, essa experiência, foi fundamental para esse nosso primeiro ano de gestão”, comenta a Secretária Maria Eduarda, que também ressalta a importância da estruturação de políticas públicas de habitação integradas com outras políticas da cidade.
Segundo o Coordenador-geral de Ciência para Biodiversidade e diretor nacional do CITinova (MCTI), Luiz Henrique Mourão do Canto Pereira, essas ocasiões de troca entre parceiros empoderam o CITinova nas iniciativas em curso, assim como para as futuras.
“Esses momentos de troca de experiências realmente é algo que estamos procurando. […] Sei que os desafios deste ano são imensos […] e essa franqueza e transparência sobre o que deu e o que não deu certo é importante para podermos otimizar, melhorar, e, quem sabe, nas próximas iniciativas já começarmos com os dois pés direitos”, comenta o coordenador-Geral de Ciência para Biodiversidade e diretor nacional do CITinova (MCTI), Luiz Henrique Mourão do Canto Pereira.
O gestor de Portfólio do PNUMA, Asher Lessels, parabenizou a iniciativa de troca de experiências, reforçando a importância de ajudar outras cidades com os aprendizados vivenciados no Recife.
“Essa é a ideia do projeto, o espírito do projeto é poder ir além das atividades que temos a cumprir e fornecer um conjunto de boas práticas, experiências e lições aprendidas com todos os parceiros CITinova”, comenta Asher Lessels.
Desenvolvendo estrategicamente a nossa cidade
Ao agradecer a presença e o envolvimento dos parceiros ARIES/CITinova, Marcos Baptista, presidente da Agência Recife para Inovação e Estratégia, avalia positivamente o momento em que a Organização se encontra. Segundo o presidente da ARIES, a Organização e a cidade já estão visualizando os frutos do trabalho realizado até então.
“Estamos num ano de muitas inaugurações do projeto, vamos entregar inovação, entregar futuro para a cidade do Recife, para a população do Recife. Sempre lembrando que o CITinova e os demais projetos que a ARIES desenvolve estão sempre inspirados no Plano Recife 500 Anos, que é um direcionador estratégico do planejamento do Município junto com a Agenda 2030. Ficamos felizes de estarmos cumprindo o papel de representante da sociedade civil tentando influenciar as políticas públicas que foram definidas pela sociedade através do Plano Recife 500 Anos. Ver isso se tornando realidade é muito gratificante para a ARIES”, comenta Marcos Baptista em suas considerações finais.
Recife foi a primeira cidade do Brasil a receber a Missão, cuja sequência seguirá com Brasília e São Paulo. Para Ana Lúcia Stival, coordenadora Nacional do CITinova (MCTI), encontros como esse enriquecem o projeto nacionalmente.
“O objetivo do nosso encontro foi plenamente atingido, que era realmente no âmbito do Projeto CITinova a gente conseguir fazer essa fertilização cruzada de ideias e de resultados. Vimos aqui o quão rico é o nosso projeto e o potencial que tem de trocas entre os parceiros, entre as atividades”, avaliou a coordenadora Nacional do CITinova (MCTI), Ana Lúcia Stival, em sua fala de fechamento realizando um balanço geral sobre a primeira Missão PNUMA MCTI 2022.
Por Giselle Cahú, da equipe de comunicação ARIES/CITinova.
